sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Saudade





Saudade é sempre bonita:
triste, alegre, amena, doída.
Vem como fisgada no peito,
risada gostosa, lágrima furtiva...

Saudade é ferida que sangra
mesmo quando cicatriza
e marca os ciclos da vida,
mudança, perda e partida.

Saudade é lembrança boa
de um momento, de pessoa,
do que fomos, de um jeito,
de mania e até de defeito.

Saudade é breve ou eterna
de quem está longe, morreu,
mudou por fora, por dentro
ou simplesmente cresceu.

Saudade é ausência que arde
na medida do quanto se ama
e clama em nós por resgate,
 reparo, reencontro, retomada.

Saudade é vazio imenso, denso,
para preencher com caminhada.


                                                                    Poema e foto: Nadja Bereicoa

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