quinta-feira, 24 de março de 2016

Plenitude



Este poema é um dos vários que fiz para o meu grande amor, melhor amigo e pai dos meus filhos. Depois de mim, ele é quem mais me entende ou, quando não, ao menos tenta com afinco.
Sereno, romântico e generoso como um genuíno pisciano, ele acaba de iniciar uma nova década de vida. Minha homenagem é por isso e por compartilharmos a plenitude de um sentimento que se fortalece quanto mais amadurecemos.


Não te vejo como minha metade
porque nos quero inteiros ou quase,
diferentes e no fundo os mesmos -
virtudes e defeitos em doses certas.

Vejo-nos parceiros de jornada
a fazer do amor doce empreitada,
aliança, conquista, dança, pacto.
soma de acertos e descobertas.

Vejo-te como porto onde atraco,
o ombro que alivia o cansaço,
a palavra dura na hora do erro,
o carinho que cura o desespero.

Vejo-te como surpresa sempre boa,
o abraço forte ao chegar em casa,
a gargalhada gostosa à toa,
o beijo na boca apaixonado.

Vejo-nos dois corpos e almas únicos,
ora unidos feito átomos no espaço,
ora caminhando lado a lado rumo ao futuro,
onde plantamos nossos dois melhores pedaços.

Poema: Nadja Bereicoa
Foto: Nadja Bereicoa





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